Placa Preta

PRA QUE SERVE A PLACA DE COLEÇÃO?

Diante de muitas dúvidas trazidas pelo processo de mudança de placas que o país vive, traçamos um histórico destacando pra que serve a placa de Veículo de Coleção. Um enfeite? Uma segurança? Clique no link abaixo e veja em detalhes.

Veja na íntegra aqui -> https://www.fbva.org.br/fbva-news-det.php?cod=1216

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CARTA DE SÃO PAULO ( somente parte dela )

DOCUMENTAÇÃO

1 – O Documento do veículo (CRV) que será avaliado, deverá estar já registrado em nome do sócio do Clube. Serão aceitos casos onde o titular seja o cônjuge ou parentes em grau de ascendência com o sócio e, para veículos registrados em nome de pessoa jurídica, o sócio do Clube deverá ser pelo menos o sócio-gerente da empresa também.
Serão tolerados casos de nova aquisição, onde o nome do associado deverá constar inscrito no recibo de venda do veículo.

2 – O C.O. emitido pela FBVA em conjunto com os clubes membros, pertence ao carro e não ao proprietário do carro. Assim, é um documento que acompanhará o CRV (documentos) nos casos de venda do veículo, ou vendas. Neste caso, conforme o termo de responsabilidade assinado pelo proprietário no processo de placa preta, a FBVA e o Clube responsável pelo certificado do mesmo, deverão ser informados sobre a mudança de proprietário.
O novo dono deverá também ser associado a um clube membro da FBVA, pois, se não o for, o C.O. deverá ser cancelado pelo Clube vistoriador, por ofício ao Ciretran/Detran com cópia à FBVA que por sua vez oficiará ao Denatran confirmando o seu cancelamento.

A FBVA e clubes associados tornam-se responsáveis por um C.O. ao emiti-lo, e assim, deverão manter estreita vigilância e observação sobre o veículo portador. Face a isso, a mesma responsabilidade que assumirão ao emitir o C.O. lhes autorizará cancela-lo perante as autoridades, sempre que alguma norma for desrespeitada ou o automóvel beneficiário desapareça de seus quadros. Isso valerá aos autos vendidos ou aos sócios que deixarem de pertencer aos clubes.

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Manual do Avaliador:

Para a correta avaliação de um automóvel antigo é necessário que o avaliador se atenha a alguns fatores que podem levar, ou não, a emissão de um Certificado de Originalidade (C.O.) ao referido veículo.

1 – Itens excludentes – Impeditivos para a avaliação – Alguns itens descaracterizam a aparência do veículo e impedem sua avaliação, desclassificando-o para a obtenção da placa preta, conforme abaixo:

• Qualquer modificação ou alteração na carroceria – Serão aceitas apenas modificações feitas por encarroçadoras, sob encomenda do fabricante, como por exemplo: Karmann-Ghia, Bertone e Brasinca;
• Pinturas extravagantes ou fora dos padrões de fábrica do veículo – Serão aceitas, neste caso, cores opcionais de catálogo do fabricante, desde que da mesma época;
• Rebaixamento de suspensões;
• Motores e coletores de épocas diferentes ou de outras marcas – O motor poderá ser igual (se não for o original), porém com características estéticas originais. A cor do Motor também será excludente. Será aceito apenas o motor na cor original com ressalvas à diferença tonalidade do original.
• Bancos individuais ou esportivos em carros de bancos inteiriços – Se o banco não for o mesmo da linha de produção do modelo, será considerado item excludente.
• Rodas inadequadas – (tolerar opcionais de fábrica) – A mudança de aro e de tala será item excludente indiscutível. Caso como as rodas do Ford modelo “A” com a borda virada ou não, poderá ser aceito, mas os pontos da roda serão dados como zero. Exemplares exclusivos de um modelo especial serão aceitos apenas para o modelo especial em questão (como o Fusca 1600 S, que possuía rodas 14” e não 15” como dos outros modelos de Fusca).
• Carros muito originais porém mal conservados, pois fogem ao princípio básico de preservação e cuidado.
• Carros ainda em recuperação.
• Ausência de equipamentos obrigatórios, pois a segurança ao rodar, preservando o seu patrimônio e a integridade de terceiros, deve ser regra básica entre os colecionadores.
• Réplicas – Não serão aceitas reproduções de outros modelos de épocas diferentes. Serão ponderadas réplicas fabricadas sob licença das fabricantes primárias.
• Adaptações à gás – Veículos adaptados ao sistema de GNV não serão aceitos, porém em casos como o gasogênio, este será considerado como acessório de época.

2 – Procurar avaliar os automóveis que conheça bem – Como é difícil saber-se com
detalhes os acabamentos de todas as marcas, em todos os anos de fabricação, é conveniente que
cada clube possua avaliadores especializados em determinadas marcas ou décadas. Também é
interessante conhecer antecipadamente o veículo que será avaliado, pois isto permitirá uma
consulta prévia aos manuais.

3 – Marcar dia e local combinado para as avaliações – Concentrar os trabalhos em um único
dia e solicitar o funcionamento do veículo, bem como analisar funcionamento de freios, etc. A
FBVA sugere que o tempo entre o pedido do C.O. e a entrega à FBVA não ultrapasse 15 dias.
- Quanto aos avaliadores, o mínimo de três avaliadores será exigido para a avaliação,
porém, a assinatura será feita por apenas duas pessoas, o Presidente do Clube e o
especialista escolhido para a avaliação do mesmo.

4 – Graduação na pontuação – A pontuação máxima deverá ser dada ao item que seja original
(ou de reposição semelhante ao original) em perfeito estado. Não se pontuará aquele item
alterado grosseiramente. Situações intermediárias levarão a pontuação entre os valores máximo
e mínimo.
- No item cores, serão excluídas as cores diferentes e analisar-se-á apenas a diferença
de tonalidade destas em comparação com a cor básica original.

5 – Capotas – Aqui serão analisados os conversíveis e os veículos com teto de vinil. Para os
conversíveis, analisar a cor, o tipo de tecido, as costuras, o desenho das costuras, a posição da
armação das ferragens e seu funcionamento,. Os demais modelos que não se enquadrarem
nessas categorias deverão receber a totalidade de pontos deste quesito.

6 – Na identificação do veículo, marcar se é original ou restaurado – Os carros originais,
sem restauração e em excelente estado de Conservação, poderão ser avaliados com menos rigor
em itens que se deterioram com o tempo.

7 – Dúvidas – Deverão ser esclarecidas com o Diretor Regional da FBVA, que consultará
especialistas na área em questão. Caberá aos Clubes filiados orientar os associados a respeito
dos itens avaliados, quais itens são excludentes, etc.

8 – Automóvel nota 100 – Os critérios da FBVA dificultam a obtenção dos 100 pontos,
devendo a nota máxima ser reservada a excelentes restaurações, que sigam rigorosamente os
padrões de originalidade (cuidado com as restaurações acima dos padrões de originalidade).
Todavia os novos critérios não impedem a obtenção do C.O., que é conseguido com pelo menos
80 pontos.

9 – Valor da Avaliação – A FBVA sugere que um processo de placa preta tenha o valor
máximo de R$ 120,00 dos quais R$ 40,00 será destinado à Federação para custos operacionais e
o restante ao Clube. O valor é apenas uma sugestão, podendo o clube cobrar o que achar melhor,
desde que reserve a parcela destinada à FBVA.


10 – Acessórios e Opcionais – Serão permitidos apenas acessórios originais de época ou
opcionais de fábrica, desde que apropriados para o modelo em questão e que estes não façam
parte do rol de itens excludentes.

** Documentação completa da Carta de São Paulo, se encontra na seção ´Manutenção´ desse site.
https://www.veterancarvinhedos.com.br/manutencoes/placa-preta/29